Resisto
A vida pode me tirar quase tudo. Mas é nesse sutil momento entre o "quase" e a "esperança" que eu resido. Resisto em andança, pro norte que o meu coração vai. Pro norte que meus horizontes enxergam. Onde meu padrinho é forte e me chama. Onde, em chama, flameja uma dama - protetora - na beirada do tempo.
Eu resido lá e aqui.
Entre a destruição, a desistência e o que está por vir.
E sigo pra onde a voz me levar.
A voz de mim mesma me guia.
E vou sob a benção dessa calmaria, do tempo de um tempo que não vai voltar.
O mundo pode me tirar quase tudo. Aqui, em minha história, até o tempo eu mudo. Mas eu não vou parar...
[16 de Março de 2022].