Sorri de lado
Sorri, de lado, em desencanto...
Etérea,
em pranto,
alheia à vida.
Segue distante,
cega, calada...
Mas não muda:
permanente.
Dona da madrugada,
negligente e só.
Ainda te observo da janela,
em silêncio, incólume.
Associo a ela.
Ainda te sonho
mas não interpreto.
Ainda que espere
te tenho em meus bons tempos,
pois mesmo que paire,
some com os ventos.
Vaga lua.
Que só vaga, estagnada,
e hoje faz dor que não apaga.
[Poema Publicado na antologia "Poetas Malditos Contemporâneos". Editora Dark Books. 2021].