Um vestido de girassóis
Não gira o sol no tecido leve.
Não brilha mais quem sou.
É fim de tarde no sepulcro da saudade.
É fim de vida,
fim de festa,
fim de luz em serenidade.
Vela, agora. Está morta.
Ascende ao céu.
Fecha a porta do antigo casarão.
Em madeira, adormecida,
pulsa a dor, mas dorme a vida
que passara em adoração.
Está morta, a menininha...
Aqui jaz, história minha,
devastada por paixão.
[Poema publicado na antologia "Poetas Malditos Contemporâneos". Dark Books Coletâneas. 2021].