A insignificante ruazinha
O barulho da rua,
Tão perto da serra fria,
Longe, de dar agonia,
Focado na luz da lua;
Cães ou monstros folclóricos...
Os ruídos dos caminhões...
São heróis em perseguições
Ou somente homens simplórios?
Na minha rua singela
Só há silêncio e paz,
E todo som que a noite faz
Parece já longe dela.
Aqui não há personagem,
Não há crime ou novidade
A mais inútil da cidade
Sem nem história de passagem.
E ela então, silenciosa,
É minha rua de brilhantes,
E sem crimes, nem amantes,
Fica sempre ali, saudosa.
Sem data marcante a cumprir,
Sem o aval da sociedade,
É pra mim a melhor da cidade
Rua essa em que eu nasci.
[10 de setembro de 2012.]