Às cinco
São quase cinco.
Não há cinco da noite, para a minha tristeza. Só cinco da tarde ou da manhã.
Fossem as horas contadas de cinco em cinco, eu juraria a minha paz no bater dos ponteiros (às seis).
Mas às cinco, em delírio confuso, sou incompleta.
Como ponteiros da madrugada em crise de identidade, que não sabem se marcam dia ou noite.
[Julho de 2023].