Consagrar sereia

De azul no tempo de mim mesma fui lá, consagrar sereia, ver céu parar, pairar no sol, pisar na areia. Aí disseram que era só pra olhar, que o resto da maré eu trago em mim. Mas quando chego ao mar, meu eu transborda. Tipo anotação feia: confusa. Resplandece e incendeia, quando o mar cintila assim. 
Foi retorno a cintilar...
Da explosão azul que surgiu sob o meu olhar de lembranças inenarráveis. 
Incontáveis pontas entre as conchas da rainha. Foi só. Fui eu e o mar de mim.

[Julho de 2022. Da visita ao Rio de Janeiro e reencontros.]

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