O céu do mundo

Um dia, no céu do mundo, vi os olhares passantes. Planavam como estrelas dos olhos mais delirantes. Era noite alta aberta a moldura que brilhava. E os meus olhos diminuíam perto das luzes que me olhavam...

Primeiro passou o olhar de histórias da minha avó. Num céu negro, o olhar-cadente era luz que conduzia. Contava década e instante de cada estrela-guia. Ai, esse olhar navegante me foi norte em calmaria! 

Teve outro olhar materno que no meu céu reluziu. Mas essa é história triste, de dois faróis conturbados. Olhos de estrelas místicas com olhar triste que partiu, pra viver num rosto alegre de um céu mal explicado. 

E a estrela-menino nascida em Queluz - cidade final do estado - brilha e o mundo conduz. Na mansidão dos encantos do olhar verde mais fiel. Ai, minha estrela-avôzinho, não vá nunca do meu céu! 

Também teve o brilho marcante do meu olhar-padrinho. Esse reluz até hoje nas janelas da cidade. E dizem que cada estrela e astro fica até o raiar do dia, numa festa-boemia no rastro de sua saudade. 

Depois veio o olhar de luz serena de Gabriel. Nem sei medir todo o amor de olhar que ilumina o céu. E alegrou os instantes de cada canto que eu olhei. Um carnaval delirante profundo qual me entreguei. 

Entre tantos mais lugares, de cada olhar mais profundo, eu guardo as intenções nos meus olhos bem atentos. E estes todos meus olhares que sonham os meus momentos, são meu reluzir de luzes que brilham no céu do mundo. 

[10 de outubro de 2023.]

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